quarta-feira, 11 de maio de 2011

Hoje é flor, amanhã espinho. Agora anjo, logo demônio. Sem ordem. Insiste em se fazer o que não é, em receber o que não dá, em cobrar o que não lhe é prometido. Veste o ser e o não-ser. Seja ele, aquele, esse, essa, aquela, não importa. Seja tudo, menos igual a si mesmo. Mude por um, por outro, por todos, enquanto ninguém muda por você. O sorriso brota enquanto a lágrima fica esmagada em algum canto da alma. Chorar descontroladamente também é fácil quando não se é capaz de sentir nada. Sentir, de tanto que sente, amortece. Vazio, é tamanho que nem ocupa espaço. A dor, a necessidade, o perdão, a cura. Eis aqui, o baile da vida: deixe suas máscaras em casa, olhe, observe, encare-se.

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