sábado, 13 de novembro de 2010


E guardo-te cá comigo por todo sempre...
E quando ouvires uma música, aquela música, a nossa,
E embalares o corpo no vazio
Estarei lá sorrindo, prometo.
Em todo coração talhado em árvores, existirei.
Em todo beco escuro, protegerei.
Por-te-ei pra dormir e conversarei besteiras
Até que o sonho te leve. Depois, beijar-te-ei.
Não sentirás senão um arrepio leve.
Enxugarei tuas lágrimas sem que tu saibas.
Far-te-ei sorrir sem que percebas.
Sussurrarei idéias ao pé do ouvido
Quando as tuas idéias não se fizerem ouvir.
Olharei todo o teu caminho, até o fim,
E não deixarei pedras que te possam ferir,
Os obstáculos só são úteis quando se pode transpassá-los.
E quando a dor for tão intensa que quiseres fugir,
Repousarei minha mão sobre a tua,
Levar-te-ei o mais distante que eu te possa levar
De tu mesmo - feche os olhos e deixe-se levar.
E toda escultura abstrata das nuvens
Será Deus
Trazendo-me de volta ao teu sorriso bobo
Alimentando-me em sonho e fé.
Daquele, sempre acordamos.
Daí a necessidade de dormirmos sempre.
Desta, tal como um padre sem pudor,
Escarro e piso,
Não suporto uma vida inteira
Sem o teu amor.

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